segunda-feira, 5 de março de 2012

A NAU DOS INSENSATOS E A INSUSTENTÁVEL TRISTEZA DO SER


Acompanhei por vários dias os comentários e respostas ao meu artigo A Prefeitura de Caruaru Desrespeita as Leis, postado neste blog. Acompanhei e respeitei diversas declarações de apaixonadas de diversos (e)leitores e concordei ou não com várias delas. Dos apaixonados, couberam respostas óbvias de que no governo Tony Gel imperavam as cores azul e amarelo e que eu não poderia “reclamar” que a prefeitura está fazendo o mesmo com a cor vermelha. Houve até quem respondesse com outro artigo, questionando “meus interesses” em ter escrito o artigo. 

O mais comovente comentário foi um que li, afirmando que a prefeitura de Caruaru pintava praças, gradios, fachadas e tudo o mais que lhe vier à telha porque o vermelho faz parte da cor da nossa bandeira. Nunca imaginei que riria tanto de tão pouco. A minha resposta, mais que óbvia para este comentário, foi que o azul e amarelo também fazem parte da bandeira de Caruaru. Mais ainda, elas compõem a “aquarela” do brasão brilhantemente criado pelo saudoso Professor Matias.

Falei também sobre o fato de se dar nome de pessoas vivas a espaços públicos e usei como exemplo o Parque Municipal. Me senti profundamente horrorizado com a tentativa de colocar o homenageado, que mesmo merecido pela sua história, não só pelo meu argumento como contra a minha pessoa. Devo lembrar aos incautos que quem determina a irregularidade não sou eu, mas a Lei Federal 6.454/77 e principalmente a Constituição de 1988, no artigo 37, quando fala do princípio da Impessoalidade da administração pública. Para mim, parou aí. A Lei é clara e tem que ser cumprida.

Nunca é bom discutir política com torcedores pelo fato das paixões sempre determinarem a “razão”. Mas me assusta muito quando desses torcedores fazem parte pessoas ligadas à atual administração e que deveriam cuidar das leis e de seus princípios. Advogados que agem delirantemente em favor do prefeito e não daquilo que juraram defender. Por essas e outras é que merecem mesmo serem analisados pela Comissão de Ética da OAB para explicarem suas posições carregadas de pré-conceitos e por defenderem como correto aquilo que as leis são claras em determinar o contrário.

Defender as leis nunca será ruim para nenhum cidadão, principalmente para aqueles que põe a cara pra bater e, para quem falou que “se de boas intenções o inferno tá cheio”, convém lembrar que no Céu tá muito mais.


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