A entrevista de Marina Silva poderia alavancar sua candidatura, já que pela primeira vez estava falando para um público estimado em 40 milhões de espectadores. Poderia, se a candidata não tivesse hesitado tanto em responder claramente a metralhadora giratória de William Bonner, aliás bem melhor do que Fátima Bernardes até agora, quando questionou porque ela não saiu do PT quando os próprios fundadores do partido saíram quando estourou o mensalão. Para Marina, responder que tentaria mudar o partido por dentro talvez não surja efeito num eleitorado cada vez mais interessado em atitude e postura. Na prática, esconde um excelente momento histórico em que ela poderia ter sido mais contundente do que naturalmente é e sua história de vida permite isto.
Mas o que causa mais espanto é a ingenuidade de acreditar que o eleitor acredite que seu futuro governo seja formado por uma miscelânea de políticos interesseiros e interessados de todas as matizes ideológias. Com esse discurso Marina não conseguirá ir muito longe, embora os mais radicais de esquerda, incluindo o velho PT, encontrarão nela um abrigo para suas decepções "lulísticas". Marina quer fazer de um limão uma limonada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário